O câncer colorretal ocupa a terceira posição entre os mais comuns no Brasil, excluindo os cânceres de pele não melanoma.
O tratamento, principalmente quando há obstrução do trato intestinal, é complexo e envolve discussões qual a melhor terapia a ser utilizada.
O câncer colorretal obstrutivo avançado é uma condição desafiadora que requer intervenções cirúrgicas para garantir a liberação do intestino e permitir um tratamento oncológico adequado.
A escolha da melhor abordagem depende de fatores como a localização do tumor, o estado geral do paciente e a presença de metástases.
Cada estratégia apresenta vantagens e desafios, sendo fundamental uma avaliação individualizada para determinar a melhor conduta.
A discussão multidisciplinar, envolvendo cirurgiões, oncologistas e especialistas em cuidados paliativos, é essencial para otimizar os desfechos e a qualidade de vida do paciente.
O que são os stents metálicos autoexpansíveis?
Os SEMS são dispositivos tubulares feitos de metal, que são introduzidos no local da obstrução.
Uma das vantagens é que eles possuem uma capacidade de auto expansão, ou seja, após serem posicionados no local de obstrução, eles se expandem sozinhos, abrindo a passagem para o conteúdo gastrointestinal.
Os stents oferecem uma solução menos traumática e com um tempo de recuperação menor.

Abordagens de urgência
A utilização de stents metálicos autoexpansíveis (SEMS) e a cirurgia são duas abordagens do tratamento de obstruções gastrointestinais.
Os SEMS podem ser uma alternativa menos invasiva, especialmente para pacientes com alto risco cirúrgico, permitindo a retomada da alimentação e facilitando um planejamento terapêutico posterior.
Já a cirurgia pode envolver a ressecção tumoral, além de procedimentos paliativos, como a colostomia.
Quando os SEMS não são uma opção viável, por exemplo, em caso de complicações graves ou risco de perfuração, a cirurgia pode ser necessária.
A intervenção é a abordagem mais tradicional para tratar obstruções graves ou complicações que não podem ser resolvidas por meios menos invasivos.
Essa intervenção é necessária em casos onde a obstrução é completa, há risco de perfuração intestinal, peritonite ou quando o tumor causa sintomas severos que comprometem a qualidade de vida do paciente.
Tipos de tratamento
Dependendo do quadro clínico, a cirurgia pode ser realizada de diferentes formas. A ressecção tumoral com anastomose imediata é uma opção quando há condições favoráveis para a reconexão intestinal.
Em casos mais críticos, pode ser necessária a ressecção do tumor com a criação de uma ostomia temporária ou definitiva, como a colostomia ou ileostomia, para garantir a eliminação das fezes.
Outra alternativa paliativa é o desvio de trânsito intestinal, que evita a área obstruída sem remover o tumor.
Para pacientes com tumores inoperáveis ou em estado geral debilitado, a derivação fecal permite o alívio da obstrução sem necessidade de ressecção imediata do tumor.
Essa abordagem pode ser utilizada como medida paliativa ou como um primeiro passo para futura cirurgia definitiva.
A escolha da estratégia cirúrgica no câncer colorretal obstrutivo avançado deve ser individualizada, considerando a urgência do quadro, o prognóstico do paciente e as possibilidades terapêuticas futuras.
Dessa forma, é importante que o paciente receba tratamento personalizado que equilibre benefícios e riscos.