O câncer de peritônio é uma condição rara que afeta a membrana que reveste a cavidade abdominal. Muitas vezes, ele é silencioso, o que dificulta sua identificação precoce.
Esse câncer pode ser primário (originado diretamente no peritônio) ou secundário, quando se desenvolve a partir de tumores em outros órgãos, como o intestino.
Nos estágios iniciais, o câncer de peritônio pode ser completamente assintomático, no entanto, alterações sutis no corpo podem aparecer, como dor abdominal, diarreia ou mudanças no trânsito intestinal.
Esses sintomas não devem ser ignorados e se persistirem por mais de duas semanas um médico deve ser consultado.
Sinais de alerta
Entre os sintomas que podem surgir com o avanço da doença estão a dor abdominal persistente, náuseas frequentes e aumento da circunferência abdominal sem explicação aparente.
O acúmulo de líquido no abdômen é um dos principais sinais de alerta, além de febre recorrente, fadiga e perda de peso não intencional.
Ascite e outros sintomas mais graves
A ascite, caracterizada pelo acúmulo de líquido no abdômen, é um dos principais indicativos da doença em estágio avançado. Ela pode causar desconforto, sensação de inchaço e dificuldade respiratória.
Outros sintomas incluem febre recorrente, anemia e distúrbios digestivos como dificuldade para digerir alimentos e sensação de saciedade precoce.
Pacientes com câncer de peritônio frequentemente relatam perda de apetite, contribuindo para a perda de peso significativa.
Além disso, distúrbios digestivos como náuseas e desconforto após refeições são comuns, o que pode complicar ainda mais o quadro clínico.
Câncer de Peritônio secundária: originada no intestino
O câncer de peritônio pode se desenvolver como resultado da disseminação de tumores originados em outros órgãos, especialmente o intestino.
O câncer colorretal, por exemplo, é uma das fontes mais comuns de metástases peritoneais.
Quando um tumor intestinal se espalha para o peritônio, os sintomas podem ser similares aos de um câncer primário no peritônio, mas o tratamento e as abordagens podem variar, pois é necessário combater tanto o tumor original quanto as células disseminadas.
A importância de consultar um médico
Diante de um ou mais desses sintomas, é essencial procurar um médico especialista, principalmente quando há histórico de câncer intestinal.
Um diagnóstico preciso, por meio de exames de imagem e testes específicos, ajuda a determinar a extensão da doença e o tratamento mais adequado.
A detecção precoce do câncer de peritônio, especialmente quando relacionado a tumores intestinais, pode aumentar consideravelmente as chances de sucesso no tratamento.
Quanto antes a doença for identificada, maiores são as chances de tratar efetivamente tanto o tumor primário quanto as metástases no peritônio.
Diagnosticando e tratamento
A confirmação do diagnóstico é feita através de exames de imagem, como tomografia e ressonância magnética, além de biópsias do peritônio.
Quando o câncer tem origem no intestino, é importante realizar uma avaliação completa do tumor primário e das metástases.
Existem diferentes tipos de cirurgia para tratar o câncer de peritônio, dependendo da origem e da extensão da doença.
A cirurgia citorredutora, por exemplo, é uma técnica especializada para remover o máximo possível do tumor do peritônio.
Esse procedimento é muitas vezes seguido pela quimioterapia hipertérmica intraperitoneal (HIPEC), que consiste em aplicar quimioterapia aquecida diretamente no abdômen para eliminar as células cancerígenas remanescentes.
No caso de cânceres secundários, como os originados no intestino, a abordagem pode envolver a remoção do tumor primário seguido do tratamento das metástases peritoneais.
Cuidado e prevenção
O câncer de peritônio, seja primário ou resultado de um tumor no intestino, requer atenção especial aos sinais do corpo e consultas regulares ao médico.
O diagnóstico precoce e a realização de exames detalhados são fundamentais para garantir um tratamento eficaz e aumentar as chances de sucesso.