Dr. Rodrigo Gomes

Cientistas criam método de conservar os probióticos para chegarem até o intestino

Os probióticos são microrganismos vivos que, quando ingeridos, passam a habitar no intestino trazendo diversos benefícios à saúde. 

Porém, alguns fatores externos podem afetar nossa flora intestinal e causar um desequilíbrio, levando à perda de muitos desses probióticos.

O uso de antibióticos, estresse e alimentação pouco saudável podem afetar a microbiota, exigindo reposição. 

Benefícios dos probióticos 
  • auxiliam no tratamento da prisão de ventre; 
  • fortalecem o intestino;
  • ajudam no controle da diarreia;
  • contribuem para a absorção de nutrientes, vitaminas e minerais. 

Os probióticos ajudam a evitar problemas gastrointestinais e a prevenir doenças devido à sua função de imunomoduladores.

Eles contribuem também com o nosso sistema imunológico, por isso são conhecidos como bactérias do bem. 

Alimentos que contém probióticos

Alguns alimentos são ricos em probióticos e, depois de consumidos, eles ajudam a colonizar nossa microbiota intestinal.

Os principais alimentos com probióticos são: 

  • Kefir – o kefir é bastante semelhante ao iogurte. Porém, tem quantidades maiores de probióticos e ainda atua como antioxidante. 
  • Iogurte: também é rico em probióticos e o mais fácil de ser encontrado no mercado, com um excelente custo/benefício. Auxilia também na prisão de ventre e no fortalecimento dos ossos, por ser rico em cálcio.
  • Kombucha: é uma bebida levemente gasosa, devido ao seu processo de fermentação. Também tem grande concentração de probióticos.

Além da alimentação, existem alguns suplementos de probióticos em cápsula, sachê ou líquidos.

O problema é que essas bactérias do bem nem sempre chegam vivas ao nosso intestino e grande parte delas se perde no caminho.

Por isso, novas técnicas para o consumo de probióticos vêm sendo desenvolvidas. 

Encapsulamento de Probiótico

Durante a digestão, os ácidos do estômago fazem com que muitos desses probióticos ingeridos durante a alimentação não cheguem ao intestino.

Porém, um estudo inovador realizado por pesquisadores da Escola de Ciência e Engenharia de Materiais da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Cingapura, criaram uma capa protetora para que as bactérias do bem cheguem intactas ao seu destino. 

Esse revestimento comestível, feito de alginato, um carboidrato de algas, faz com que os probióticos alcancem o intestino preservando suas qualidades nutricionais.

De acordo com os pesquisadores, pouco tempo depois de ingeridos, os probióticos consumidos através de iogurtes ou suprimentos comerciais morrem ao entrarem em contato com os ácidos do estômago. 

Como forma de ultrapassar esses obstáculos, os pesquisadores resolveram encapsular essas bactérias, já que essa alga é capaz de suportar o ambiente ácido do estômago.

Nos testes, os cientistas prepararam as bactérias Lácticas Bacillus, um tipo de probiótico, em laboratório e depois embalaram e simularam a jornada que seria percorrida no organismo humano.

De acordo com eles, apenas os probióticos revestidos com alginato sobreviveram ao percurso. 

Os resultados têm sido animadores e os cientistas estudam maneiras de personalizar o consumo dessas substâncias, que poderiam variar inclusive de tamanho.

Outro benefício do processo de encapsulamento é a vida útil dos probióticos, que poderiam sobreviver até oito semanas refrigerados. 

A ideia é que os probióticos possam ser comercializados como outros suplementos e incluídos na rotina diária das pessoas.

Esse seria um grande passo na prevenção de doenças, ao invés do tratamento delas, acreditam os pesquisadores. 

Cientistas criam método de conservar os probióticos para chegarem até o intestino

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