O câncer de intestino ou câncer colorretal é uma doença que acomete uma parcela significativa da população. O tumor pode se desenvolver tanto no intestino delgado quanto no cólon e reto e é mais comum que se origine a partir de um pólipo. Porém, nem sempre é esse o caso.
Adenocarcinoma
O adenocarcinoma é um tipo de câncer que se origina em tecidos glandulares, forçados por células capazes de secretar substâncias para o organismo. No intestino, costumam partir das células que lubrificam o interior da mucosa intestinal e correspondem a 96% dos casos de câncer colorretal.
Inicialmente, os pólipos intestinais, crescimentos anormais dessa mesma mucosa do intestino grosso, costumam ser pequenos e benignos, podendo se transformar em adenocarcinomas.
Os pólipos com maiores de chances de se tornarem tumores malignos são chamados de adenomatosos e, por esse motivo, é recomendado que sejam removidos durante a colonoscopia, prevenindo o desenvolvimento do câncer.
Tumor carcinoide
Os tumores carcinóides costumam se originar nas células produtoras de hormônios no intestino delgado ou grosso, sendo um bom exemplo de tumor intestinal não polipóide.
Essas neoplasias tendem a produzir substâncias semelhantes aos hormônios, tais como serotonina, bradicinina, histamina e prostaglandina. Porém, nem sempre causam sintomas, já que são destruídas pelo fígado.
Com o crescimento do tumor, o paciente poderá apresentar sangramento intestinal, anemia, fadiga e falta de ar. Caso o fígado seja comprometido pelo câncer, os hormônios não poderão ser processados pelo órgão antes de circularem pelo corpo, causando uma série de sintomas que caracterizam a síndrome carcinoide. O principal e mais comum é um rubor característico e bastante desconfortável, no rosto e pescoço.
Tumor estromal gastrointestinal (GIST)
Esse tipo de tumor é raro e se origina nas células presentes na parede dos órgãos do trato digestivo, responsáveis por enviar os sinais de contração e relaxamento que guiam os alimentos e líquidos ao longo do intestino.
De todos os casos de GIST, 50% a 60% das lesões são provenientes do estômago, 20% a 30% do intestino delgado, 10% do intestino grosso, 5% do esôfago e 5% de outros locais da cavidade abdominal.
Frequentemente, esse tipo de tumor não apresenta sintomas e pode ser descoberto por acaso, em exames de rotina e até mesmo durante cirurgias. Sua causa é desconhecida, mas está relacionada a mutação do gene c-KIT.
Linfoma
O linfoma é um tipo de câncer que acomete as células do sistema linfático, localizadas em diversas partes do corpo. O desenvolvimento da doença no intestino delgado é raro, mas pode acontecer, principalmente, de forma secundária, a partir da metástase de um linfoma em outra região.
É possível prevenir o câncer intestinal
Mesmo os tipos mais raros de câncer colorretal ou de intestino delgado estão associados à fatores de risco como má alimentação, consumo excessivo de álcool, tabagismo, sedentarismo e obesidade.
Portanto, independentemente do tipo de neoplasia, a prevenção ainda é a melhor medida, seja com mudanças no estilo de vida ou com a realização de exames periódicos, como a colonoscopia, indicada a partir dos 50 anos para a população em geral.
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