A doença de Crohn é um tipo de doença inflamatória intestinal (DII), que pode afetar todo o sistema digestivo. Porém, se desenvolve mais comumente no intestino delgado e no cólon.
A doença de Crohn e a colite ulcerativa estão entre as principais doenças inflamatórias intestinais que afetam milhões de pessoas ao redor do mundo.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD), cerca de cinco milhões de pessoas são afetadas pelas duas doenças, em todo o mundo.
Ainda não se sabe exatamente a causa da doença de Crohn, mas sua prevalência é principalmente entre a população adulta, de 20 a 40 anos. Fumantes também têm mais chances de desenvolver o problema.
Os pesquisadores acreditam que a doença pode estar relacionada a fatores hereditários, infecções intestinais, problemas no sistema imunológico ou alimentares.
Principais Sintomas da Doença de Crohn
Entre os principais sintomas da doença de Crohn estão:
- dor abdominal;
- diarreia;
- perda de apetite e de peso;
- sangramento anal;
- dificuldade de absorver nutrientes;
- febre, que costuma se manifestar durante as crises.
Os sintomas podem variar de leves a crônicos, dependendo do grau da doença.
A Doença de Crohn pode ser fatal?
Por si só, a doença de Crohn não é fatal. Porém, dependendo da sua extensão e localização, pode levar a complicações com risco de vida, se essas complicações não forem tratadas rapidamente.
Entre as complicações mais frequentes está o câncer colorretal, já que pacientes com a doença têm maiores riscos de desenvolver esse tipo de câncer (que também é mais agressivo nessas pessoas).
Outras complicações incluem obstrução intestinal, fístulas e perfuração no cólon.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico da doença de Crohn nem sempre é fácil e, por vezes, alguns pacientes sofrem por anos sem a confirmação da doença.
Além dos exames clínicos, em um primeiro momento, o médico irá solicitar exames de fezes e sangue para ver se há alguma alteração.
Outros exames solicitados incluem os de imagem como raio-x, tomografia computadorizada, ultrassonografia e ressonância magnética, além de exames de colonoscopia, sigmoidoscopia e endoscopia digestiva.
Somente com base nos resultados desses testes é possível fazer um diagnóstico correto da doença.
O tratamento vai depender do grau de acometimento da doença, idade do paciente, sintomas etc. O intuito é reduzir a inflamação.
Além da medicação, é recomendada a mudança na dieta para facilitar a digestão e diminuir as crises, descanso intestinal através da ingestão de alimentos líquidos ou pastosos, ingestão de probióticos e prebióticos e, em último caso, a cirurgia.
Durante o tratamento, o paciente pode apresentar crises ou períodos de remissão. Embora não tenha cura, quando controlados os sintomas, é possível que o paciente leve uma vida normal, através do uso de medicamentos, dieta balanceada e cuidados adequados.
Em caso de crises frequentes ou piora nos sintomas, fale com seu médico. É sempre melhor abordar possíveis complicações precocemente, antes que elas possam progredir ou se agravar.