O intestino é um órgão vital que vai muito além da digestão dos alimentos. Ele é responsável pela absorção de nutrientes essenciais para o nosso corpo e desempenha um papel essencial para o sistema imunológico.
Além disso, o intestino produz hormônios que regulam diversas funções corporais e abriga milhões de bactérias que influenciam nossa saúde de maneira complexa.
Devido a essas múltiplas funções, a saúde intestinal é fundamental para o bem-estar geral, e qualquer alteração pode ter um impacto significativo.
E algumas doenças silenciosas, como o câncer de intestino, podem comprometer seu funcionamento e os sinais nem sempre são claros, principalmente nas fases iniciais da doença.
Determinados grupos de pessoas são mais propensos a desenvolver câncer intestinal.
Entre os principais fatores de risco estão:
- a idade avançada (principalmente a partir dos 50 anos);
- histórico familiar de câncer intestinal;
- presença de pólipos no intestino;
- doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn e a colite ulcerativa;
- maus hábitos, como dieta rica em gorduras e pobre em fibras, tabagismo e sedentarismo.
Em termos de incidência, o câncer de intestino é um dos tipos de câncer mais comuns no Brasil, ficando atrás somente do câncer de mama e próstata.
Estima-se que, anualmente, surgem cerca de 45 mil novos casos no país, sendo mais frequente em homens e mulheres a partir da meia-idade.
Mas o que é câncer de intestino?
O câncer intestinal, também conhecido como câncer colorretal, é uma doença que se desenvolve a partir de células anormais na parede do intestino grosso ou do reto.
Essas células podem crescer de forma descontrolada e formar um tumor, que pode invadir tecidos próximos e, em casos mais graves, espalhar-se para outras partes do corpo, a chamada metástase.
A doença é considerada silenciosa porque, em suas fases iniciais, muitas vezes não apresenta sintomas característicos, dificultando o diagnóstico precoce.
Principais sintomas do câncer intestinal
À medida que o câncer progride, alguns sinais podem começar a aparecer.
Entre os mais comuns estão:
- presença de sangue nas fezes, que pode ser visível ou oculto;
- mudanças no hábito intestinal, como diarreia ou constipação persistente;
- dor abdominal;
- sensação de evacuação incompleta;
- perda de peso inexplicável;
- fadiga e anemia sem causa aparente.
É importante ressaltar que esses sintomas não são exclusivos do câncer intestinal e podem estar associados a outras condições menos graves, mas não devem ser ignorados.
Diante de qualquer um desses sintomas, é fundamental procurar ajuda médica imediatamente. O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento e pode salvar vidas.
O coloproctologista poderá solicitar exames específicos, como a colonoscopia, que é o principal método de diagnóstico do câncer intestinal. Esse exame permite a visualização direta do interior do intestino e a coleta de amostras para biópsia, se necessário.
Tipos de câncer intestinal
Existem vários tipos de câncer intestinal, que podem se desenvolver tanto no intestino grosso quanto no reto, cada um com características e prognósticos distintos.
O tipo mais comum é o adenocarcinoma, responsável por cerca de 95% dos casos, que geralmente se origina nas células glandulares que revestem a mucosa do intestino.
Esse tipo de câncer pode afetar tanto o cólon quanto o reto, e o seu comportamento pode variar dependendo da localização e do estágio em que é diagnosticado.
Além do adenocarcinoma, outros tipos menos comuns incluem:
- os tumores carcinóides, que se originam nas células neuroendócrinas e geralmente crescem mais lentamente;
- os linfomas, que são cânceres das células linfáticas e podem surgir em qualquer parte do trato gastrointestinal, e;
- os sarcomas, que afetam os tecidos moles, como os músculos do intestino.
Cada um desses tipos de câncer tem um comportamento específico, exigindo abordagens de tratamento diferenciadas.
Tratamento
O tratamento do câncer de intestino depende do estágio da doença e pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia e, em alguns casos, terapias direcionadas ou imunoterapia.
A cirurgia é o tratamento mais comum e pode ser curativa nos casos em que o tumor ainda está localizado.
A quimioterapia e a radioterapia são frequentemente usadas em conjunto para reduzir o tumor antes da cirurgia ou para eliminar células cancerígenas remanescentes.
A importância da prevenção
A prevenção é a melhor estratégia para reduzir o risco de desenvolver câncer intestinal.
Isso inclui a adoção de uma dieta saudável, rica em fibras, pobre em gorduras saturadas, a prática regular de atividades físicas, a manutenção de um peso saudável, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool.
Além disso, para pessoas com fatores de risco, é recomendada a realização de exames de rastreamento regulares a partir dos 45 anos, ou antes, conforme orientação médica.
Em resumo, o câncer de intestino é uma doença grave, mas que pode ser tratada com sucesso se diagnosticada precocemente.
A atenção aos sintomas e a realização de exames regulares são fundamentais para garantir um diagnóstico precoce.
Não ignore os sinais do seu corpo; ao menor sinal de alerta, procure um médico. Afinal, cuidar da saúde intestinal é cuidar da sua vida.