Dr. Rodrigo Gomes

Câncer de Reto: diagnóstico e tratamento

O câncer de reto é um dos tipos de tumores que atingem o intestino. Além dele, o câncer intestinal pode atingir o cólon ou o cólon e o reto, sendo chamado de câncer colorretal.

Continue a leitura e saiba mais sobre as diferenças entre esses tipos de câncer, diagnóstico, tratamento e prevenção.

O que é o câncer retal?

O reto é a parte final do intestino grosso que se conecta ao ânus para a liberação das fezes. O reto também serve como um depósito temporário para as fezes e nele acontece a absorção de água e também de parte dos nutrientes.

O câncer retal acontece quando as células doentes crescem rapidamente de maneira desordenada e irregular, atrapalhando o funcionamento do intestino e das células boas.

Tanto no caso do câncer de reto quanto de cólon, as células tumorais começam a se desenvolver na parede do intestino, depois que pólipos, a princípio benignos, sofrem mutação e originam a doença. Em 90% dos casos de cânceres intestinais, o adenocarcinoma é o responsável pelo tumor. 

Como não costuma apresentar sintomas em suas fases iniciais, os cânceres intestinais, em geral, são tratados de forma tardia, piorando o prognóstico e reduzindo as chances de cura. 

Fatores de risco evitáveis 

A maioria dos tipos de câncer, sejam eles intestinais ou não, apresentam fatores evitáveis, ou seja, que podemos controlar, como alimentação e outros hábitos de vida. Confira os principais fatores de risco evitáveis:

  • Alimentação: excesso de consumo de carne vermelha, alimentos processados, carnes tostadas ou expostas ao calor da brasa podem favorecer o aparecimento do câncer retal, além de uma dieta pobre em fibras.
  • Obesidade: o excesso de peso contribui para o desenvolvimento da doença.
  • Tabagismo e alcoolismo: sozinho o fumo já é um fator de risco para o desenvolvimento do câncer retal. Aliado ao consumo de álcool, o risco se multiplica. 
  • Sedentarismo: a falta de atividade física é fator importante para desenvolvimento desse tipo de câncer.
Fatores de risco sem controle

Ao contrário dos fatores de risco evitáveis, os sem controle são aqueles que independem da nossa vontade, como o envelhecimento, fatores genéticos ou hereditários, como histórico familiar de câncer de cólon ou reto, síndrome adenomatosa familiar, síndrome de Lynch, doenças inflamatórias intestinais, etc.

Pacientes com esse histórico de doenças devem começar o rastreamento do câncer de forma precoce pois, nesses casos, a doença pode aparecer mais cedo e de forma mais grave. 

Principais sintomas

Os sintomas do câncer de reto são bastante semelhantes ao câncer colorretal, incluindo alteração nos hábitos intestinais – diarreia ou constipação frequente -, dores abdominais ou no momento da evacuação, presença de sangue nas fezes, perda de peso sem motivo aparente, fadiga, dentre outros. 

Muitas vezes, a pessoa com câncer de reto em fases iniciais pode confundir os sintomas com outras doenças do intestino, por isso, ficar atento aos sinais e procurar o médico o mais rápido possível contribui para o diagnóstico precoce da doença.

Diagnóstico

Antigamente, a recomendação era para que a colonoscopia, exame que detecta a presença de anormalidades no intestino grosso, começasse a ser feito a partir dos 50 anos de idade.

Porém, uma nova orientação da Sociedade Americana do Câncer é que o exame passe a ser feito a partir dos 45 anos ou, em caso de familiares com a doença, até 10 anos antes do primeiro diagnóstico. Por exemplo, se o pai ou irmão teve câncer de intestino com 47 anos, o familiar pode iniciar o rastreamento com 37 anos.

A colonoscopia é indicada não somente para pacientes com sintomas do câncer retal, mas como forma profilática de prevenir a doença. Durante o exame, o médico consegue extrair os pólipos e coletar material suspeito para a biópsia.

Em caso de confirmação do câncer, outros exames como a ressonância magnética, ultrassom, tomografia, radiografia vão determinar a extensão da doença e auxiliar o médico na indicação do tratamento.

Tratamento

O tratamento para o câncer retal é basicamente cirúrgico e quando o câncer não está disseminado ou com metástase os pacientes podem até ser dispensados de outras terapias coadjuvantes. 

Porém, em casos onde o câncer já se encontra em estágios mais avançados, pode ser necessária a quimioterapia antes e depois da retirada do tumor, melhorando as chances de cura e sucesso no tratamento.

Conhecer os principais sintomas do câncer de reto e fazer os exames preventivos sempre que solicitado ou quando desconfiar que algo está errado com o intestino ajuda a evitar a doença ou descobri-la em suas fases iniciais, melhorando a resposta ao tratamento e as chances de cura.

Câncer de Reto: diagnóstico e tratamento

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