A abertura cirúrgica de um novo trajeto para a saída das fezes é chamada de colostomia. Esse procedimento é indicado para pacientes que apresentam problemas que os impedem de evacuar normalmente, como em casos de câncer, doenças inflamatórias e lesões causadas por acidentes ou má-formação congênita.
Em algumas situações, a cirurgia pode ser revertida e o paciente pode voltar a evacuar pelo ânus, restabelecendo a conexão entre as partes do intestino que foram separadas no primeiro procedimento. A reversão pode ser realizada por via aberta ou laparoscópica, com duração entre uma e duas horas.
Muitas pessoas que realizam a colostomia podem ficar ansiosas para fazer a reversão, mas é importante lembrar que sua realização não é indicada em todos os casos e que o procedimento requer alguns cuidados. Informar-se é super importante para tomar a melhor decisão possível!
A ostomia
Quando um paciente é submetido à ostomia, as fezes são eliminadas pela abertura no abdômen chamada estoma e coletadas numa bolsa plástica que é adaptada à pele e deve ser esvaziada a cada 4 horas e substituída periodicamente.
Para conviver com a bolsa são necessários alguns cuidados, como não usar cintas que apertam a ostomia, evitar exercícios de grande impacto e higienizar bem o local da colostomia.
É importante lembrar que a ostomia é realizada para preservar a vida do paciente, que poderá realizar suas atividades diárias de maneira normal mesmo utilizando a bolsa. Para muitas pessoas, a ostomia oferece uma melhora tão significativa na qualidade de vida que decidem não realizar um novo procedimento cirúrgico.
Quem pode realizar a reversão de ostomia temporária
Somente o médico poderá determinar se o paciente está em condições de fazer a cirurgia de reversão.
De maneira geral, a realização do procedimento só será considerada se o paciente estiver com boa saúde e já recuperado da cirurgia inicial, o que pode levar cerca de três meses.
Além disso, a anatomia da região deve estar preservada, sem a presença de fístulas ou aderências entre as alças do intestino.
Caso o câncer (ou outra enfermidade) esteja ativo, a reversão também não poderá ser realizada. O mesmo se aplica a pacientes que ainda vão passar por sessões de radioterapia ou quimioterapia.
O pós-operatório da reversão da ostomia
Nas primeiras 24h a 48h, o paciente deve ingerir apenas líquidos e, após esse período, serão introduzidos alimentos pastosos e leves.
É importante que, assim que estiver em condições, o paciente faça caminhadas curtas no hospital, o que ajuda a prevenir a formação de coágulos e estimula o intestino a recobrar a atividade normal.
A internação costuma durar entre 3 e 10 dias e, em casa, o paciente deve manter a dieta balanceada, as caminhadas e evitar ao máximo carregar peso e dirigir.
Nas primeiras semanas é comum apresentar diarreia, constipação, flatulência, incontinência das fezes e dor anal.
Apesar de a reversão da colostomia ser considerada um procedimento simples, a recuperação do funcionamento normal do intestino pode ser um processo relativamente longo e requer paciência.
O papel dos médicos é sempre explicar todas as etapas do processo e antecipar para o paciente como será o pós-operatório para que ele tome uma decisão informada.
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