Dr. Rodrigo Gomes

Nem todo pólipo vira câncer, mas todos merecem atenção

Pólipos são crescimentos parecidos com verrugas que podem se desenvolver em alguns órgãos do corpo humano. No intestino, eles se tornam mais comuns após os 50 anos, e podem ser de diferentes tipos e tamanhos, causando sintomas ou não. 

A única forma de saber se o paciente tem ou não pólipos no intestino é por meio da realização de uma colonoscopia, exame que possibilita enxergar o interior do órgão. Com o endoscópio, é possível remover esse crescimento assim que é identificado, exceto quando o pólipo é grande demais, tornando a remoção arriscada. 

Removemos qualquer pólipo encontrado porque esses crescimentos têm chances de continuar se desenvolvendo e se tornarem lesões cancerígenas. Isso mesmo: o câncer colorretal, na grande maioria dos casos, começa com o crescimento de um pólipo intestinal, e quanto maior é o tamanho do pólipo, maiores são as chances de ele se tornar maligno. 

Os diferentes tipos de pólipos intestinais 

Um pólipo que se desenvolve na região do intestino ou do reto pode ser benigno (não canceroso), pré-canceroso ou canceroso. Outra forma de classificar esses crescimento é a seguinte:

Pólipos adenomatosos: são pólipos intestinais com o potencial de se transformar em câncer, ou seja, lesões pré-cancerosas. Isso não significa que elas vão, necessariamente, virar câncer (as chances são de aproximadamente 5%), mas ao identificarmos esse tipo de pólipo, sempre o removemos para prevenir a doença. Podem ser tubulares, vilosos ou tubulovilosos. 

Pólipos hiperplásicos: Os pólipos hiperplásicos são geralmente muito pequenos com uma chance quase insignificante de se tornarem malignos. Se localizam predominantemente no reto.

Pólipos serrilhados sésseis: Geralmente têm aparência mais sutil do que os demais tipos de pólipo durante a colonoscopia, e têm alto risco de se tornarem lesões malignas. Costumam ser tratados como adenomas. 

Fatores de risco para a formação de pólipos

Pessoas que possuem histórico familiar de pólipos têm mais chances de desenvolver esses crescimentos intestinais. Outros fatores de risco importantes são a dieta e o estilo de vida inadequados, como consumo excessivo de bebida alcoólica, alimentos gordurosos e baixos em fibra, também associados a problemas como obesidade e diabetes tipo 2. 

Além disso, algumas síndromes genéticas podem causar o desenvolvimento crítico de pólipos cancerígenos, como a Polipose Adenomatosa Familiar, a Síndrome de Peutz-Jeghers e a Síndrome de Gardner. Todas elas podem ser transmitidas de pai para filho. 

Tratamento para pólipos intestinais

O melhor tratamento para esse tipo de crescimento é removê-lo de maneira simples e rápida enquanto o paciente está sedado na colonoscopia. O próprio endoscópio é equipado para isso, o que possibilita, inclusive, a coleta de material para biópsia. 

Quando os pólipos são muito grandes ou numerosos, pode ser necessário realizar a remoção em ambiente cirúrgico, devido ao risco de hemorragia. 

Dependendo dos resultados da colonoscopia, o médico poderá determinar um prazo para o próximo exame de acompanhamento. Por exemplo, se o paciente já possuía dois pólipos, pólipos grandes ou pólipos com alto risco de se tornarem cancerosos, uma nova colonoscopia poderá ser solicitada logo no ano seguinte. Entretanto, se o exame não acusou nenhum tipo de crescimento, esse intervalo será muito maior. 

Nem todo pólipo vira câncer, mas todos merecem atenção

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