Dr. Rodrigo Gomes

Ressecção endoscópica de pólipos malignos: como funciona

A ressecção endoscópica de pólipos malignos é um procedimento altamente eficaz e minimamente invasivo realizado no cólon e no reto. Essa técnica tem se mostrado uma opção segura e eficiente para a remoção de pólipos malignos, permitindo a preservação da função intestinal e evitando a necessidade de cirurgias mais invasivas, como a ressecção cirúrgica tradicional.

Benefícios da Ressecção Endoscópica

A ressecção endoscópica de pólipos malignos apresenta diversos benefícios em comparação com a cirurgia convencional. Em primeiro lugar, é um procedimento minimamente invasivo, ou seja, utiliza endoscópios flexíveis e instrumentos especiais para remover o pólipo de forma precisa sem a necessidade de grandes cortes. Isso resulta em menor trauma aos tecidos circundantes, reduzindo o risco de complicações pós-operatórias, diminuição do tempo de internação e uma recuperação mais rápida para o paciente.

Indicação

A ressecção endoscópica de pólipos malignos é indicada principalmente para lesões precoces, limitadas ao epitélio ou à submucosa superficial e de tamanho relativamente pequeno. Geralmente, pólipos com diâmetro inferior a 2 cm são considerados candidatos ideais para esse tipo de procedimento. Além disso, é fundamental que o pólipo não apresente sinais de invasão além da submucosa.

Antes do procedimento, é necessário realizar uma avaliação cuidadosa para determinar a viabilidade da ressecção endoscópica. Essa avaliação pode incluir exames de imagem, como a colonoscopia, para identificar a localização exata do pólipo, seu tamanho e características. Além disso, uma biópsia prévia do pólipo pode ser realizada para confirmar o diagnóstico e avaliar o grau de malignidade.

Tipos de ressecção endoscópica

Existem diferentes técnicas de ressecção endoscópica, cada uma adequada para determinados casos. Entre as mais comuns, destacam-se a mucosectomia endoscópica e a polipectomia endoscópica.

A mucosectomia endoscópica é realizada através da injeção de uma solução levantadora sob o pólipo, o que ajuda a criar um espaço entre o pólipo e a parede intestinal, facilitando sua remoção. Em seguida, um laço de polipectomia é utilizado para cortar o pólipo e, se necessário, uma corrente elétrica pode ser aplicada para coagular os vasos sanguíneos e controlar o sangramento.

Já a polipectomia endoscópica é feita pela utilização de um laço de diatermia para cortar e coagular o pólipo. Essa técnica é especialmente indicada para pólipos pediculados, que possuem um pedículo ou “haste” que os conecta à parede intestinal. O laço é passado em torno do pedículo, permitindo a sua remoção completa.

Cuidados Pós-operatórios

Após o procedimento, é fundamental um acompanhamento adequado para garantir a recuperação completa do paciente. Recomenda-se a realização de exames de controle, como colonoscopias periódicas, para avaliar a presença de novas lesões ou recidivas. A frequência desses exames será determinada pelo coloproctologista, com base nas características do pólipo removido e no risco individual do paciente.

Além disso, é importante adotar hábitos saudáveis de vida, incluindo uma alimentação balanceada, rica em fibras e pobre em gorduras, atividade física regular e a suspensão do tabagismo. Essas medidas ajudam a reduzir o risco de recorrência de pólipos e de desenvolvimento de novas lesões.

É possível fazer a ressecção em quem tem Polipose Adenomatosa Familiar?

Na polipose adenomatosa familiar, PAF, uma condição genética hereditária que aumenta significativamente o risco de desenvolvimento de pólipos no cólon e no reto, a ressecção endoscópica de pólipos malignos é uma opção válida para o tratamento na PAF atenuada.

No entanto, na Polipose adenomatosa familiar clássica (com mais de 100 pólipos) devido à grande quantidade de pólipos que podem surgir nesses pacientes, é necessário um acompanhamento e monitoramento mais cuidadoso. A cirurgia de ressecção do cólon é indicada para reduzir o risco de câncer de cólon.

Portanto, pacientes com Polipose adenomatosa familiar atenuada (com menos de 100 pólipos) podem ser acompanhados com colonoscopia anualmente, nos casos nos quais o colonoscopista consegue ressecar todos os pólipos. Isso é possível quando geralmente há menos de 30 pólipos pequenos.

Vale a pena realizar a ressecção endoscópica?

A ressecção endoscópica de pólipos malignos é uma técnica importante e minimamente invasiva no tratamento de pólipos malignos no cólon e no reto. Ela proporciona benefícios significativos aos pacientes, como menor risco de complicações, tempo de recuperação mais curto e preservação da função intestinal. É importante ressaltar que a indicação adequada e a avaliação pré-operatória são essenciais para o sucesso do procedimento. 

Portanto, consulte sempre um médico coloproctologista para obter uma avaliação e orientação adequadas. Com a ressecção endoscópica de pólipos malignos, é possível tratar essas lesões de forma precisa e segura, promovendo uma melhor qualidade de vida aos pacientes.

Ressecção endoscópica de pólipos malignos: como funciona

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