Dr. Rodrigo Gomes

Saiba quais são os diferentes tipos de ostomia

Uma ostomia é uma abertura no abdômen criada cirurgicamente para eliminação de fezes e, em alguns casos, de urina também. É comum realizarmos essa intervenção depois da colectomia parcial ou total, devido ao câncer, doenças inflamatórias intestinais, diverticulite ou na prevenção de neoplasias intestinais.

No entanto, nem todas as ostomias são iguais e vão variar de acordo com a localização da abertura no intestino e sua função. Neste artigo, vou explicar a diferença entre os tipos de ostomia e em que situação cada um é indicado. 

É importante lembrar que a ostomia  pode ser uma medida provisória, (até a cicatrização do intestino depois de uma lesão) ou permanente. No geral, o paciente ostomizado utiliza uma bolsa específica para coletar os resíduos corporais. 

Colostomia

A colostomia é uma abertura feita no intestino grosso, trazendo-o até a superfície do abdômen. Pode ser dividida entre ascendente (do lado direito do cólon), descendente (do lado esquerdo ou transversa (na porção entre o cólon ascendente e descendente). 

Por essa abertura, podem ser liberadas fezes moles ou sólidas, dependendo da localização do estoma e da dieta do paciente. 

Ileostomia 

Na ileostomia, a abertura é feita no intestino delgado, geralmente porque o cólon foi totalmente removido numa colectomia total, ou para permitir que essa parte conclua um processo de cicatrização. 

As fezes que saem pela ileostomia costumam ser mais líquidas e conter mais enzimas digestivas. 

Urostomia

Já na urostomia, a abertura no abdômen vai servir tanto para a eliminação de fezes quanto de urina. Geralmente, parte do intestino delgado é exteriorizado depois de ser cirurgicamente conectado aos ureteres (canais que conduzem a urina dos rins até a bexiga). Costuma ser indicada devido a problemas na bexiga. 

Seja na colostomia, ileostomia ou urostomia, o estoma precisa de cuidados específicos: sua aparência saudável é rosa ou vermelha, e o paciente deve criar o hábito de checar rotineiramente para que qualquer alteração seja percebida. 

Não é possível controlar a saída de resíduos pela abertura, então a bolsa deve estar acoplada ao estoma o tempo todo. Por isso, encontrar a bolsa certa para o seu biotipo e consistência de fezes é fundamental para a qualidade de vida do paciente.

Como já falei outras vezes por aqui, é possível viver normalmente com uma bolsa de ostomia. Atualmente, já existem bolsas e produtos que neutralizam o cheiro das fezes, evitando possíveis constrangimentos ostomizada, além de redes de apoio emocional presenciais e online. 

Saiba quais são os diferentes tipos de ostomia

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