A colonoscopia é o exame mais importante em coloproctologia. Esse procedimento permite visualizar o interior do intestino do paciente, identificar a origem de diversos sintomas e, em alguns casos, até tratar determinados problemas, como os pólipos, por exemplo.
Além disso, a colonoscopia é uma das principais formas de prevenção do câncer colorretal, já que permite a detecção e remoção precoce de pólipos pré-cancerosos.
Quando a colonoscopia é indicada
Para rastrear o câncer colorretal, a colonoscopia é indicada para homens e mulheres a partir dos 45 anos de idade, quando não têm histórico familiar da doença. Nesse caso, o paciente deve iniciar o rastreamento cerca de dez anos antes da população em geral.
O objetivo é procurar pólipos ou lesões que possam se tornar cancerígenas e tratá-las precocemente.
Outra situação em que a colonoscopia poderá ser indicada é quando há suspeita de doenças de problemas que, geralmente, só podem ser diagnosticados com a visualização da mucosa intestinal. Alguns exemplos são úlceras, colite, pólipos intestinais, doenças inflamatórias intestinais, diverticulite ou síndrome do intestino irritável.
Caso o paciente tenha feito exame de sangue oculto nas fezes e o resultado for positivo, a colonoscopia poderá ser indicada para verificar a origem do sangramento.
Como é a preparação para a colonoscopia
Para que as imagens obtidas sejam nítidas, é muito importante que todo o intestino esteja livre de resíduos. Para isso, será necessário que o paciente passe por uma preparação, que pode variar de acordo com o médico ou clínica onde o exame será realizado.
Cerca de 48h antes do exame, o paciente deve iniciar uma dieta líquida ou leve, e ingere medicamentos com efeito laxativo. Alguns tipos de medicamentos devem ser suspensos para a realização da colonoscopia, mas somente o médico poderá dizer quais deles podem interferir no exame.
Além disso, o paciente deve evitar consumir alimentos ou bebidas de cor forte, como beterraba, por exemplo, e só fazer a colonoscopia com jejum de, pelo menos, 8h.
Como a colonoscopia é feita
Com o paciente sedado e deitado de lado, o médico insere, pelo ânus, um instrumento chamado colonoscópio. Trata-se de um tubo fino e flexível com uma microcâmera e uma fonte de luz na ponta. As imagens capturadas por ele são transmitidas para um monitor, por onde o médico irá enxergar o interior do intestino.
Esse tubo tem cerca de um metro de comprimento e um centímetro de diâmetro e é inserido até chegar à porção final do cólon ou à porção inicial do intestino delgado. O paciente não sente nenhum tipo de dor ou desconforto durante o procedimento.
A colonoscopia não necessita de internação e o paciente é liberado no mesmo dia. Entretanto, devido à sedação, ele deve ser acompanhado até sua casa, para descansar até que os efeitos do sedativo passem. Caso um pólipo ou tecido para biópsia tenham sido removidos durante o exame, sangramentos podem ocorrer.
Contradindicações da colonoscopia
Embora a colonoscopia seja um procedimento muito seguro, ela é contraindicada em alguns casos, como os seguintes:
- Abdômen agudo perfurativo;
- Diverticulite aguda;
- Megacólon tóxico;
- Obstrução intestinal.
Caso o paciente apresente algumas dessas condições, pode ser mais indicado realizar uma colonoscopia virtual, feita por tomografia computadorizada. Entretanto, esse tipo de exame não é tão preciso quanto a colonoscopia tradicional, principalmente na prevenção do câncer.
Embora a tomografia seja capaz de identificar algum tipo de massa no abdômen, ela não é capaz de remover pólipos ou captar amostras de tecido para biópsia, sendo ineficaz para impedir o desenvolvimento de lesões malignas.