A colectomia é um procedimento cirúrgico que consiste na remoção total, parcial ou subtotal do intestino grosso, também conhecido como cólon. Essa intervenção pode ser necessária em diferentes situações, como no caso das doenças inflamatórias intestinais, diverticulite, obstrução intestinal ou câncer de intestino.
No texto de hoje vou explicar os tipos de colectomia, as diferenças entre os tipos de procedimentos, métodos de remoção do intestino, o pós-operatório e o que esperar desse processo.
O que é colectomia?
O intestino grosso, também conhecido como cólon, é a última parte do sistema digestivo humano. Ele é responsável por várias funções importantes no processo de digestão e absorção de nutrientes. O intestino grosso tem entre 1,0 a 1,20 metros de comprimento e é dividido em segmentos diferentes, como o ceco, o cólon ascendente, o cólon transverso, o cólon descendente, o cólon sigmóide e o reto. A colectomia é uma cirurgia que envolve a remoção de parte ou de todo o cólon, dependendo da condição do paciente e da gravidade do problema.
Quais os tipos de colectomia?
Existem três diferentes tipos de colectomia: total, parcial e subtotal. A colectomia total envolve a remoção completa do cólon. Já a colectomia parcial consiste na remoção de uma porção específica do cólon, enquanto a colectomia subtotal remove a maior parte do cólon.
Quando a cirurgia é indicada?
A colectomia é indicada no tratamento do câncer de cólon, doença inflamatória intestinal, insuficiência intestinal, diverticulite, perfuração intestinal e polipose adenomatosa familiar, entre outras.
Em alguns desses casos, o tratamento primário é medicamentoso e também de alterações da dieta. Somente quando os métodos tradicionais não surtem efeito, a cirurgia passa a ser considerada pelo coloproctologista.
Quais os tipos de cirurgia?
Existem diferentes métodos cirúrgicos utilizados para realizar uma colectomia, como a cirurgia aberta convencional, a laparoscopia e a cirurgia robótica. A escolha do método depende das características individuais do paciente e de como a doença se manifesta.
A colectomia aberta convencional é realizada por meio de uma incisão abdominal maior. Esse é o método mais invasivo, mas ainda bastante utilizado, principalmente em hospitais onde não se tem recursos para a realização da cirurgia robótica ou laparoscópica.
Já a colectomia laparoscópica é uma abordagem minimamente invasiva, em que são realizadas várias pequenas incisões abdominais. O cirurgião insere um laparoscópio, uma câmera fina e flexível, juntamente com instrumentos cirúrgicos especiais, para remover o cólon afetado.
A cirurgia robótica é hoje muito usada na colectomia. O robô permite maior precisão e controle dos movimentos, pois os instrumentos são articulados e replicam os movimentos do cirurgião com maior destreza. Isso facilita a realização de manobras complexas em espaços reduzidos. A cirurgia robótica também pode permitir uma recuperação mais rápida, menor perda de sangue, menor risco de complicações e menor tempo de internação.
Como é o pós-operatório?
Após a cirurgia é comum o paciente permanecer no hospital por alguns dias para acompanhamento mais próximo e recuperação. Em geral, após a cirurgia tradicional, o paciente fica internado entre 3 a 5 dias. Após a cirurgia realizada por laparoscopia, ele fica internado entre 2 a 4 dias. E quando a cirurgia é realizada por via robótica, o tempo de internação cai, podendo ser de 1 a 3 dias. Durante esse período é realizada a retomada gradual da alimentação, diminuição do uso de medicamentos e pequenas atividades motoras do paciente.
Dependendo do motivo da cirurgia, pode ser necessário o uso de bolsa de colostomia, temporária ou permanente, para auxiliar na eliminação das fezes.
Quais as possíveis complicações?
Embora seja um procedimento seguro, a colectomia pode apresentar algumas complicações, como sangramento, formação de abscessos, vazamento de conteúdo intestinal, lesão em órgãos adjacentes e reações adversas à anestesia. Caso perceba algum desses sintomas ou desconforto após o procedimento, procure seu médico ou o serviço hospitalar de urgência.
Recuperação
A colectomia pode ser considerada uma cirurgia de grande porte, principalmente quando todo o intestino é retirado. Por isso, o período de recuperação pode variar de semanas a meses, dependendo da extensão da cirurgia e da resposta individual de cada paciente. O acompanhamento pós-operatório é fundamental para monitorar a cicatrização, verificar o local da cirurgia e avaliar o bem-estar geral do paciente.
Embora seja uma operação considerada complexa, a colectomia devolve a qualidade de vida aos pacientes que sofrem com problemas no cólon e não apresentam resposta ao tratamento medicamentoso. Se esse for o seu caso, converse com o seu médico sobre a possibilidade da cirurgia.