A cirurgia robótica continua sendo uma das maiores revoluções no tratamento de diversas doenças intestinais pelo seu caráter minimamente invasivo e de alta precisão.
Na ressecção de tumores, essa técnica se destaca por permitir ao cirurgião enxergar a lesão com muita clareza e removê-lo em sua totalidade. Para os pacientes, ela oferece uma recuperação muito mais rápida e confortável.
No caso do câncer de reto, o tratamento envolve a remoção de toda a extensão do mesorreto, prega que faz a ligação entre a face posterior do reto e a face anterior do osso sacro, e a cirurgia robótica tem oferecido resultados muito positivos em relação à outras abordagens cirúrgicas.
Robótica supera obstáculos encontrados pela cirurgia laparoscópica
Fazer essa remoção era um desafio para a cirurgia laparoscópica, devido à alta dificuldade de acesso à região, curva de aprendizado muito longa e altas taxas de conversão para cirurgia aberta.
Nesse sentido, a cirurgia robótica possibilitou a superação desses obstáculos, mantendo os benefícios da técnica minimamente invasiva com melhores resultados funcionais e uma menor taxa de conversão para cirurgia aberta.
Cirurgia robótica é efetiva no tratamento
Outros fatores que precisam ser considerados para avaliar as vantagens da cirurgia robótica no tratamento do câncer de reto é a preservação da função esfincteriana, ou seja, manter a continência fecal, a morbidade cirúrgica, a remoção da totalidade do tumor e as taxas de recorrência local.
Diversos estudos têm demonstrado que a cirurgia robótica apresenta resultados iguais e, em muitos casos, melhores do que as técnicas aberta e laparoscópica no que diz respeito à morbimortalidade, radicalidade cirúrgica, preservação esfincteriana e desfechos oncológicos a curto prazo.
Câncer retal representa 30% dos tumores intestinais
Os principais sintomas do câncer de reto são sangramento pelo ânus e presença de muco nas fezes. Embora muitas pessoas associem dor no reto à doença, esse é, na verdade, um sintoma mais incomum.
Caso o tumor seja maior, pode causar mudanças significativas no hábito intestinal e dor abdominal, já que a lesão pode obstruir a passagem das fezes.
O exame físico é fundamental para o diagnóstico, já que aproximadamente 50% dos tumores retais pode ser detectado pelo toque retal. Entretanto, exames de imagem como a retossigmoidoscopia e a colonoscopia também são importantíssimos para visualização do crescimento e a realização de biópsia.
Assim como o câncer de cólon, as neoplasias do reto possuem boas chances de cura quando detectadas precocemente, e a cirurgia é o tratamento principal para remoção do tumor. Dependendo do estágio da doença, outros tratamentos também podem ser realizados, como uso de quimio ou radioterapia.