Dr. Rodrigo Gomes

4 equívocos comuns a respeito da cirurgia robótica

A cirurgia robótica é, atualmente, o que há de mais moderno em procedimentos minimamente invasivos. Isso porque ela alia tecnologias como visão aumentada em 3D, filtro de possíveis tremores do cirurgião e mecanismos que ampliam a precisão do procedimento.

Entretanto, por se tratar de um método relativamente novo de tratamento, muitas pessoas ainda estão equivocadas a respeito de alguns conceitos da cirurgia robótica. Hoje, quero comentar algumas dessas ideias errôneas, para que cada vez mais pessoas possam se informar com clareza sobre essa ferramenta.

Equívoco 1: A cirurgia robótica não é segura

Todo procedimento cirúrgico apresenta riscos que devem sempre ser explicados pelo médico antes da operação. Tanto que o paciente sempre assina um termo de consentimento, em que declara estar ciente de possíveis complicações.

Entretanto, a cirurgia robótica está associada a menor sangramento na maioria dos procedimentos, diminuindo a necessidade de transfusão, por exemplo. Isso ocorre porque as incisões são pequenas e a movimentação precisa, causando o menor trauma possível no organismo do paciente. 

Equívoco 2: O robô substitui o médico na cirurgia

Alguns médicos até consideram que chamar o sistema cirúrgico da Vinci de “robô” pode ser equivocado, já que causa mesmo a impressão de que ele irá realizar a operação sozinho, substituindo ou anulando a presença do médico.

Na prática, é bem diferente. Os braços do robô e seus instrumentos obedecem aos movimentos feitos pelo cirurgião, que não opera diretamente sobre o paciente. Ele fica sentado na mesma sala, controlando, com os dedos, a moção das minúsculas pinças e bisturis acoplados à máquina. 

Ele enxerga por um visor, que exibe imagens em 3D capturadas por uma microcâmera inserida por um dos orifícios no abdômen do paciente. Quando o médico afasta o rosto desse visor, o sistema cirúrgico da Vinci não se movimenta mais.

Ou seja, na verdade, o robô depende completamente do médico para funcionar, se caracterizando muito mais como uma ferramenta de trabalho. 

Equívoco 3: Qualquer médico pode operar o robô

Se o robô é uma ferramenta, qualquer um pode usar? Não! 

Podemos comparar o sistema cirúrgico da Vinci à uma daquelas batedeiras super modernas e complexas, capazes de automatizar diversas receitas e facilitar muito o processo de um cozinheiro. 

Uma pessoa super experiente na cozinha, mas que não tenha tido prática com essa ferramenta, pode acabar fazendo um bolo muito pior do que se tivesse batido a massa com uma simples colher de pau. 

Para operar o robô, o médico precisa passar por um treinamento rigoroso, que envolve muitas horas de simulação. Depois, ele precisa ir para um centro de treinamento, para obter uma licença que o autoriza a utilizar o sistema cirúrgico. Além disso, só após realizar pelo menos 20 cirurgias sob a supervisão de um médico mais experiente ele poderá operar sozinho. 

Ainda assim, quanto mais procedimentos assistidos por robô ele realiza, melhor é o resultado do seu trabalho. É uma curva de aprendizado longa e, por isso, a experiência do médico em cirurgia robótica é fundamental. 

Equívoco 4: A cirurgia robótica é muito cara

Realmente o custo da cirurgia robótica é mais elevado em comparação com procedimentos abertos. Afinal, o robô tem custo alto de importação, com insumos caros, além de precisar ocupar um grande espaço no hospital (ele pesa mais de 500 kg!). 

Entretanto, com a popularização da robótica e a chegada de mais consoles em território brasileiro, os preços estão ficando mais amigáveis. Além disso, os planos de saúde já começaram a cobrir total ou parcialmente tratamentos com o sistema cirúrgico da Vinci. 

Um dado interessante é que alguns estudos têm apontado que pacientes que realizaram uma cirurgia robótica tiveram menos custos adicionais do que aqueles passaram por procedimentos abertos. Isso pode ter a ver com o menor tempo de internação e menor índice de complicações com custos fora da cobertura do plano de saúde. 
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