A colectomia é uma cirurgia de grande porte que vai retirar parte ou até a totalidade do intestino grosso do paciente. Esse procedimento pode ser realizado tanto por via aberta quanto por via laparoscópica ou robótica.
Chamamos de colectomia total quando todo o cólon é removido e de colectomia parcial, quando apenas uma parte do órgão é retirada. Quando a parte direita ou esquerda do cólon são removidas, o procedimento é chamado de hemicolectomia.
Em alguns casos pode ser necessário remover também o reto, o que chamamos de proctocolectomia.
Colectomia no tratamento de câncer
O câncer de cólon é o terceiro mais comum entre os homens brasileiros e o segundo mais comum entre as mulheres do nosso país. Um dos tratamentos mais indicados e também mais efetivos é a colectomia.
Nesse caso o objetivo é retirar todo o tumor durante a cirurgia. Ainda assim, dependendo do estágio em que o câncer se encontra, pode ser necessário realizar quimioterapia adjuvante para diminuir a possibilidade de recidiva da doença.
Algumas situações em que a colectomia pode não ser suficiente para o tratamento do câncer de cólon são:
- O tumor se espalhou para os órgãos adjacentes;
- Não foi possível a retirada dos gânglios linfáticos;
- A cirurgia revelou que o tumor é mais extenso do que o procedimento alcança;
- A doença estava obstruindo o cólon;
- O tumor causou uma perfuração na parede do intestino.
Colectomia para o tratamento de doenças inflamatórias
Uma das indicações para colectomia é a remoção da área do intestino afetada por doenças inflamatórias intestinais como a doença de Crohn, retocolite ulcerativa e diverticulite.
No caso da doença de Crohn e da retocolite ulcerativa, a colectomia é uma opção quando os medicamentos não estão aliviando os sintomas, que podem ser bastante debilitantes e diminuir a qualidade de vida do paciente.
Já no caso da diverticulite, a cirurgia pode prevenir uma complicação grave, a peritonite, infecção do tecido que reveste todo o abdômen.
Como a colectomia é feita
Primeiramente é necessário preparar o paciente para a cirurgia. Será feita uma avaliação dos medicamentos no seu organismo para verificar se algum deles pode causar complicações durante a colectomia. Se for o caso, o médico poderá suspender alguma medicação por alguns dias.
Também será necessário que o paciente tome algum medicamento laxativo prescrito pelo cirurgião. Isso porque o intestino grosso, onde as fezes ficam depositadas antes da evacuação, deve estar completamente limpo para a realização da cirurgia. Assim, o médico conseguirá enxergar a mucosa do órgão e encontrar as lesões a serem removidas.
O paciente será sedado com anestesia geral para a colectomia. Na cirurgia aberta, o acesso ao intestino se dá por uma incisão de tamanho considerável no abdômen.
Já nos procedimentos laparoscópicos ou robóticos, três a cinco pequenas incisões de cerca de dois centímetros são feitas na região, por onde vão entrar os instrumentos.
No caso da robótica assistida, são os braços do sistema cirúrgico que serão inseridos. O cirurgião ficará na mesma sala, operando esses mesmos braços com um console e enxergando o intestino por um visor com tecnologia 3D.
Além disso, o médico opera sentado, uma posição ergonômica que favorece o procedimento, já que a cirurgia pode demorar até oito horas, dependendo das condições do paciente.
Para permitir melhor visualização do interior do abdômen do paciente, o cirurgião poderá utilizar um gás (geralmente dióxido de carbono) para inflar a região.
A decisão entre um procedimento mais ou menos invasivo vai depender de diversos fatores, desde o quadro e histórico do paciente até a experiência do cirurgião com uma ou outra técnica.
Apesar de se tratar de uma cirurgia de grande porte, a colectomia oferece bons resultados no tratamento de diversas enfermidades e é mais comum do que se imagina. Ficou alguma dúvida? Deixe nos comentários!