Dr. Rodrigo Gomes

Endometriose: quando a doença acomete o intestino

A endometriose é uma doença ginecológica que afeta os órgãos reprodutores, sendo uma das principais causas da infertilidade feminina e causa sintomas severos, como cólicas menstruais, dor durante a relação sexual, dor e sangramento intestinais. Estima-se que a doença acometa cerca de 10% das mulheres adultas no Brasil, muitas delas convivendo por anos com a doença, sem o diagnóstico correto. 

Mas, você sabia que a endometriose pode atingir outras partes do corpo, como o intestino? Entenda o que é a endometriose intestinal, causas, sintomas e tratamentos. 

O que é a endometriose?

Antes de abordar a endometriose intestinal, é importante entender o que é a endometriose em geral. Ela acontece quando o tecido que normalmente reveste o útero, cresce fora dele, frequentemente nos ovários, trompas de Falópio e na pelve. Quando essas células não são eliminadas durante a menstruação, acabam se movimentando no sentido oposto, indo em direção ao aparelho ginecológico ou à cavidade abdominal.

A endometriose intestinal é uma forma específica de endometriose, onde o tecido semelhante ao do endométrio cresce no intestino, afetando principalmente o reto e o sigmoide. Este tipo de endometriose pode causar sintomas significativos e afetar a qualidade de vida.

A doença é relativamente comum entre as mulheres com endometriose, podendo afetar até 37% das pacientes que já tenham a doença em estágios mais avançados.

Sintomas da Endometriose Intestinal

Os sintomas  da endometriose intestinal são bastante parecidos com a das outras versões da doença e incluem dor abdominal intensa, especialmente durante os períodos menstruais, sangramento retal, constipação ou diarreia e desconforto durante a evacuação.

Diagnosticando a doença 

O diagnóstico dessa condição pode ser complexo e geralmente envolve uma combinação de métodos. Inicialmente, o médico realiza uma avaliação clínica detalhada, que inclui um histórico médico completo e um exame físico, focando em sintomas como dor pélvica, desconforto intestinal e alterações nos hábitos intestinais.

Exames de imagem podem ser solicitados como a ultrassonografia e a ressonância magnética pélvica que oferecem uma visão detalhada das estruturas abdominais e ajudam a identificar a extensão e a localização exata das lesões endometrióticas.

O diagnóstico correto é o primeiro passo para o planejamento de um tratamento efetivo, que pode variar desde a gestão da dor e tratamentos hormonais até intervenções cirúrgicas, dependendo da gravidade e localização das lesões.

Tratamentos disponíveis

O tratamento da endometriose intestinal pode abranger abordagens tanto clínicas quanto cirúrgicas, adaptadas conforme a severidade dos sintomas e a extensão da doença. A terapia clínica frequentemente envolve medicamentos para aliviar a dor e controlar a progressão da doença, incluindo anti-inflamatórios não esteroides e terapias hormonais. 

Em casos onde a medicação não é eficaz ou há complicações como obstrução intestinal, a cirurgia pode ser indicada. Procedimentos cirúrgicos variam desde a remoção seletiva das lesões endometrióticas até a ressecção segmentar do intestino, dependendo da localização e tamanho das lesões. A decisão entre tratamento clínico e cirúrgico depende de vários fatores, incluindo a resposta do paciente aos medicamentos, a localização das lesões, e considerações sobre fertilidade. 

A Importância do acompanhamento médico

A endometriose intestinal pode impactar significativamente a qualidade de vida. O tratamento adequado e o apoio psicológico são fundamentais para ajudar os pacientes a lidarem com a doença. O acompanhamento regular com um especialista é fundamental para o controle da endometriose intestinal e para monitorar possíveis mudanças na condição.

Endometriose: quando a doença acomete o intestino

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